O preservativo foi criado na tentativa de aumentar a liberdade sexual humana e permanece sendo o melhor método para evitar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além da gravidez indesejada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções sexualmente transmissíveis são um dos cinco tipos de doenças para as quais adultos em todo o mundo procuram mais ajuda médica, uma vez que podem causar graves danos fetais e neonatais, neoplasia genital e infertilidade. Além disso, até 90% das ISTs são assintomáticas, dependendo tanto do local da infecção quanto do patógeno responsável. Ademais, devido às altas taxas de assintomatologia e ambientes com recursos limitados, o diagnóstico etiológico de ISTs pode se tornar um obstáculo, uma vez que é necessário diagnosticar a doença para realizar o tratamento adequado. Dessa forma, a discussão sobre a questão do uso do preservativo como grande meio de prevenção às ISTs é de suma importância para o desenvolvimento humano. Assim, as medidas de aperfeiçoamento na educação sexual facilitam o conhecimento sobre os diversos métodos anticoncepcionais, sobre o preservativo e seu uso adequado, no intuito de fortificar e consolidar a saúde sexual e reprodutiva da população. Identificar o risco a exposição de ISTs relacionado ao uso de preservativo em estudantes universitários Aplicação de formulário qualitativo no grupo selecionado, englobando jovens de 18 a 28 anos de idade que estejam cursando ensino superior, em faculdade pública ou privada, ou programas de residência, via internet utilizando a plataforma Google Forms. Posteriormente, foi analisado pelos pesquisadores as respostas fornecidas pelos participantes da pesquisa, com reconhecimento de variáveis que serviram de base para busca em referências em bases de dados com leitura e discussão. No estudo realizado, das 239 pessoas entrevistadas, notou-se uma concentração no sexo feminino e na área da saúde. Além disso, 93,63% (n=220) não tiveram diagnóstico de nenhuma das ISTs listadas até o presente momento da pesquisa. Por outro lado, dentre os 7,94% entrevistados (n=14) que já foram diagnosticados com ISTs, 6 tiveram gonorreia, 2 sífilis e 6 herpes genital. Em relação ao uso do preservativo, aproximadamente 60% (n=143), considerou seu uso essencial. No entanto 39,66% não possuem opinião negativa sobre o uso dos preservativos. Constatou-se também que mais da metade (62,45%) se recusaria a manter relações caso parceiro se negasse a utilizá-lo. Mesmo em meio à crescente liberdade sexual na contemporaneidade, é possível concluir que para essa população analisada, embora haja casos discordantes, a compreensão da necessidade de utilização de preservativos está clara para a maioria dos casos. Nos entrevistados que já tiveram IST detectada é mais clara a percepção dos benefícios do preservativo neste quesito, mas, ao mesmo tempo, a presença da IST e o fato de não gostar de fazer seu uso mostraram certa relação. Esses resultados remetem a necessidade de se manter políticas públicas de incentivo e fortalecimento da utilização do preservativo entre os jovens.