Pacientes oncológicos possuem riscos mais elevados para o desenvolvimento da doença por COVID-19 em sua forma mais severa. Objetivo: analisar a mortalidade por câncer de mama associada a COVID-19 em mulheres brasileiras. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo. Os dados foram coletados no site do Open Data SUS, no período de janeiro a agosto de 2020. Utilizou-se estatística descritiva para análise dos dados. Resultados: o câncer de mama associado ao COVID-19 causou 69 óbitos nesse período, as idades que tiveram maior número de óbitos foram nos intervalos de idade 45-49 (14.5%), 60-64 (14.5%) e 65-69 anos (14.5%). Sobre a raça, (56,52%) eram brancos, seguida da cor parda (31,88%). Apenas (31,88%) apresentaram 8 anos ou mais de estudos e (49.27%) eram casadas. Em relação a causa básica da morte, o CID B34.2 (Infecção pelo Coronavírus de localização não especificada) se apresentou em maior número, com uma frequência de 52 (75.36%) e o CID C50.9 (Neoplasia maligna de mama, não especificada) teve uma frequência de 17 (24.64%). A cidade com maior número de óbitos por câncer de mama associada a COVID-19 no qual atingiu (20,29%) dos casos foi o Rio de Janeiro (RJ), seguida pela cidade de São Bernardo do Campo (SP) com (7.25%). Conclusão: O aumento da mortalidade por câncer de mama no período da pandemia do COVID-19 no Brasil pode estar atribuído à imunossupressão dessas mulheres e as medidas de enfrentamento ao COVID-19, no qual reduziu a procura por cuidados de saúde, acesso e disponibilidade de serviços de diagnóstico.