Bullying e agressão: Estudo dos preditores no contexto de programa de intervenção da violência escolar

Abstract

Os processos interativos na escola, pares e contextos familiares dos adolescentes apresentam um peso considerável no estudo dos fatores de risco e protetores associados ao desenvolvimento de comportamentos agressivos. Atendendo a esta premissa, pretendemos analisar a relação entre a perceção que os jovens têm do seu suporte social e do ambiente escolar e o desenvolvimento das diferentes formas e funções de comportamentos agressivos. Participaram no estudo 851 adolescentes, com idades compreendidas entre os 11 e os 19 anos, a frequentar o ensino básico e secundário. Recorrendo a regressões hierárquicas, obtivemos 2 modelos explicativos dos fatores de risco e protetores da agressão direta reativa, agressão relacional reativa, agressão direta instrumental e agressão relacional instrumental. Os resultados revelam interessantes padrões de risco e proteção para cada um dos subtipos de comportamento agressivo. As relações familiares e o ambiente escolar são preditores-chave para esta amostra, quer de risco, quer de proteção.

School violence and the exercise of teacher authority: a study with adolescents in São Paulo

“…The results obtained in this study allow us to infer that school authorities can play a fundamental role in controlling and preventing interpersonal violence at school. In line with specialized literature (Tyler & Trinkner, 2018), it is possible to state that the way school authorities exercise their power in everyday school life influences the behavior of students, This finding is also in line with other studies (Bueno & Sant'Ana, 2011;Graça, Calheiros, & Barata, 2013;Cornell, Shukla, & Konold, 2016;Giordani, Seffner, & Dell'Aglio, 2017;Gouveia, Leal, & Cardoso, 2017), emphasizing that the way to manage conflicts, which inevitably arise in everyday school life, can be the starting point for establishing more democratic relationships between students and between students and teachers, in order to prevent engagement in aggressive or violent behavior.…”

“…In addition to bullying and physical violence, studies have drawn attention to other forms of interpersonal violence in the school environment, such as relational aggression. This concerns a type of psychological violence that aims to cause damage to the relationships between the individual and their peers through the dissemination of rumors, hearsay, manipulations, or exclusion from the group of friends (Mahar, Wongsomboon, & Webster, 2018;Gouveia, Leal, & Cardoso, 2017;Romero-Abrio, Callejas-Jerónimo, Sánchez-Sosab, & Vilarreal-González, 2018).…”

“…In a study with Portuguese adolescents, Gouveia et al (2017) indicated that the perception that the school environment was violent and the weak integration between students and teachers were two predictors of direct and relational aggression. In a study with Mexican adolescents, Romero-Abrio et al (2018) pointed out that students with worse evaluations of the school environment, negative attitudes towards teachers, and a nonconformist self-perception were more likely to commit relational aggression at school.…”

Violência escolar e o exercício da autoridade do professor: um estudo com adolescentes de São Paulo

“…Além do bullying e da violência física, estudos têm chamado a atenção para outras formas de violência interpessoal no ambiente escolar, como a agressão relacional. Essa diz respeito a um tipo de violência psicológica que visa causar danos nas relações entre o indivíduo e seus pares, por meio da divulgação de rumores, boatos, manipulações ou exclusão do grupo de amigos (Mahar, Wongsomboon & Webster, 2018;Gouveia, Leal & Cardoso, 2017;Romero-Abrio et al, 2018).…”

“Eu não sei como eu tenho força pra vir na escola”: manifestações e implicações do bullying entre adolescentes escolares

“…Seus partícipes vivenciam, de maneiras distintas, práticas subversivas que provocam marcas e sequelas em suas vidas como constrangimento, exposições vexatórias, ameaças, provocações, intimidações e violência física e psicológica. Essas podem ser traduzidas, em outros termos, como bullying (Gouveia;Leal;Cardoso, 2017;Arrúa et al, 2019).…”