Introdução: Professores universitários, de diversas áreas do conhecimento, constantemente, agregam, além de sua carga horária frente ao aluno, tarefas extraclasse que alongam sua jornada laboral, múltiplos empregos e execução de tarefas em prazos reduzidos. Diante disso, esses profissionais podem apresentar quadros negativos em relação ao seu sono, incluindo sua privação e redução da sua qualidade, impactando em seu bem-estar e qualidade de vida. Objetivo: evidenciar as principais alterações do sono em professores universitários, salientando os fatores associados e as repercussões destas ocorrências. Materiais e métodos: revisão integrativa realizada nos portais PubMed, Web of Science, Scopus, CINAHL e Biblioteca Virtual em Saúde, com estudos originais publicados entre 2002 e 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: após a aplicação dos critérios de seleção, foram eleitos cinco estudos, publicados entre 2018 e 2021, que evidenciaram as alterações de sono, bem como as suas relações com outros aspectos de saúde. As alterações do sono em professores universitários caracterizaram-se por redução da qualidade subjetiva do sono e sonolência diurna. Aspectos relacionados ao trabalho do professor universitário influenciaram na qualidade do sono, como jornadas extensas, o trabalho excessivo, workaholism e a alta exigência no trabalho. Conclusões: A redução na qualidade do sono e a sonolência diurna repercutiram nas percepções de qualidade de vida e em aspectos ligados ao Burnout. Torna-se imprescindível a busca por dados científicos robustos, explorando amplamente as alterações de sono em professores universitários e monitorando suas repercussões.