O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos clínicos e laboratoriais de cães com hipercortisolismo dependente do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) em uma série de casos (131). Predominaram fêmeas (63%), idade média de 10 anos, as raças mais frequentes foram Shih-tzu (15,27%), Poodle (14,5%) e Yorkshire (14,5%). Os achados laboratoriais mais comuns foram elevação da atividade de alanina aminotransferase (ALT) (49,56%) e fosfatase alcalina (FA) (75,65%), hipertrigliceridemia (74,34%) e hipercolesterolemia (51,72%). As manifestações clínicas mais frequentes foram poliúria (47,86%), polidipsia (54,70%) e polifagia (47%). As comorbidades mais encontradas foram hepatopatias (70,16%), alterações em vesícula biliar (66,13%) e dermatopatias (11,29%). Concluiu-se que a caracterização dos pacientes foi semelhante a estudos anteriores; porém, com uma frequência menor de manifestações clínicas, sugerindo um diagnóstico em estágios mais precoces.