Objetivo: Primeiramente, avaliar o efeito imediato da terapia de compressão isquêmica (TCI) na dor, mobilidade e força dos músculos do ombro em indivíduos com Síndrome do Impacto Subacromial (SIS). Em segundo lugar, verificar se o protocolo de avaliação de força e mobilidade influencia a quantidade de pontos-gatilho miofasciais (PGMs). Métodos: Estudo de braço único com um total de 15 indivíduos (6 mulheres e 9 homens, 34,4±10,43 anos; 24,20±2,18 kg/m2) com sintomas clínicos de SIS unilateral. Todos os indivíduos foram avaliados quanto à quantidade de PGMs nos músculos trapézio superior, trapézio inferior, supraespinhal, infraespinal, peitoral menor e deltóide médio; limiar de dor à pressão (LDP) nos músculos trapézio superior, trapézio inferior, infraespinhal e deltóide médio; amplitude de movimento (ADM) do ombro; e força isométrica dos músculos do ombro. Resultados: Houve redução da quantidade total de PMGs (p<0,01) e aumento do LDP no músculo deltóide médio (p 0,03) nas comparações entre pré e pós-tratamento, enquanto não houve diferença nas ADMs (p>0,05) e medidas de força (p>0,24); entretanto, a dor foi menor durante a ADM de elevação sagital (p<0,01) e rotação interna (p=0,04), e durante a realização de força em elevação do braço e rotação externa (p=0,01). Em geral, não houve diferença nas variáveis avaliadas entre a linha de base e o pré-tratamento (p>0,06). Conclusão: A TCI reduziu imediatamente a quantidade de PGMs e a dor durante a mobilidade e força, mas não alterou as variáveis LDP, ADM ou força. A avaliação da mobilidade e força não interferiu negativamente nas variáveis avaliadas.