“…Bergonié e Tribondeau foram em 1906 os pioneiros ao realizarem estudos com a radiossensibilidade, os dois observaram que a radiossensibilidade variava em funções do tecido biológico afetado e o deu estado metabólico. O trabalho de Bergonié e Tribondeau foram a base para formular o que hoje conhecemos como lei da radiossensibilidade onde: quanto menor for a diferenciação celular maior é sua radiossensibilidade; órgãos e tecidos mais jovens são mais radiosensíveis; quanto maior a atividade metabólica, maior a radiossensibilidade; quanto maiores as taxas de proliferação e crescimento tecidual maior será a radiossensibilidade (BERGONIÉ, 1959).3.1 Biomarcadores dosimétricosDevido aos danos causados pela exposição, seja laboral, terapêutica ou acidental as radiações ionizantes, métodos físicos de dosimetria são insuficientes em casos de suspeita de exposição acidental seja continua ou não, sendo assim, sempre se buscaram mecanismos para monitorar e estimar as doses recebidas (CASTRO-VOLIO 2013).Segundo Castro-Volio 2013 existem alguns pré-requisitos para avaliar a utilidade de um potencial biomarcador, são eles: Tempo de circulação pós irradiação, rapidez e sensibilidade, não variação da dose dependência in vitro e in vivo, variação mínima entre diferentes indivíduos não irradiados e especificidade.Embora não haja hoje marcadores ideal que cumpram todos os pré-requisitos acima citados, estabeleceu-se o uso de técnicas citogenéticas como o padrão ouro para avaliar a dose-absorção estimada após exposição as radiações ionizantes(CASTRO- VOLIO 2013;MENDES et al, 2020).…”