Introdução: O câncer representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade globalmente. Em 2020, registraram-se aproximadamente 19,3 milhões de novos casos e 10 milhões de óbitos atribuídos ao câncer no mundo. A bupropiona, um antidepressivo atípico, tem demonstrado potencial em atenuar sintomas associados ao câncer, como fadiga, depressão, ondas de calor e diminuição da libido. Este estudo objetiva avaliar a eficácia da bupropiona em contextos oncológicos, ressaltando seus efeitos sobre a qualidade de vida dos pacientes com neoplasias. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados BVS e PubMed, utilizando os descritores "Bupropiona" e "Neoplasia". Foram identificados 62 artigos, dos quais 16 foram incluídos na revisão após aplicação de critérios de exclusão. Não houve restrições quanto ao idioma, período temporal ou tipo de estudo. Resultados: Os estudos incluídos sugerem que a bupropiona é eficaz na gestão da fadiga relacionada ao câncer (CRF), depressão, cessação do tabagismo, controle de ondas de calor induzidas por terapias hormonais e melhora da libido. A bupropiona foi bem tolerada na maioria dos estudos, com poucos efeitos adversos significativos relatados. Além disso, a bupropiona mostrou-se eficaz na cessação do tabagismo em pacientes oncológicos e pode exercer efeitos moduladores sobre respostas inflamatórias. Discussão: A bupropiona apresenta um perfil terapêutico promissor na oncologia, especialmente na gestão da CRF, depressão, cessação do tabagismo, controle de ondas de calor e melhora da libido. Entretanto, a necessidade de mais estudos clínicos randomizados e controlados é evidente para confirmar esses achados preliminares. A bupropiona, com seu perfil de segurança favorável, pode constituir uma intervenção valiosa para melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Conclusão: A bupropiona emerge como uma intervenção potencialmente eficaz e bem tolerada para várias condições associadas ao câncer. Este estudo contribui para a literatura existente, sublinhando a necessidade de pesquisas adicionais para corroborar os benefícios terapêuticos da bupropiona na prática oncológica.