O artigo trata de um processo-crime conduzido pela Auditoria Geral de Marinha no Rio de Janeiro, contra os comendadores André Gonçalves da Graça e Joaquim Thomaz de Faria, fazendeiros atuantes no comércio ilegal de africanos desde a década de 1830. Os dois foram acusados de crime de pirataria por contrabando de africanos, por terem coadjuvado em desembarque ocorrido no litoral norte fluminense, em 09 de novembro de 1850. O processo registra em seu conjunto os agentes do negócio ilícito, a sentinela britânica e o contundente debate sobre os limites da repressão. O que se impõe nesses três destaques é uma leitura de que a solução para o definitivo fim do tráfico de africanos para o Brasil seguia vacilante em seus primeiros dois anos.