A queda é o principal evento traumático na população geriátrica. Objetivo: Verificar a prevalência e os fatores associados a quedas de idosos socorridos pelo SAMU. Método: Estudo transversal com coleta retrospectiva de informações de 861 pacientes idosos, a partir de amostra sistemática dos Boletins de Ocorrência dos Atendimentos Pré-Hospitalares do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), no estado do Espírito Santo, em 2015. Coletaram-se informações quanto: idade, sexo, região de domicílio, do atendimento (período da semana, turno da solicitação, gravidade presumida pelo Médico Regulador, gravidade real, tipo de recurso enviado e desfecho da ocorrência). Foram realizados o Teste Qui-quadrado e o Resíduo do Qui-quadrado. Resultados: A prevalência de quedas foi de 14,6%, sendo mais comum a queda da própria altura (78,6%). As vítimas possuíam, em sua maioria, de 60 a 79 anos (65,7%) e eram do sexo feminino (51,7%), foram atendidos durante a semana (71,9%), no turno diurno (63,5%), apresentaram classificação amarela (57,1%), tiveram maior risco (51,3%), receberam o auxílio do suporte básico (74,6%) e foram transportados para um serviço de saúde (71,4%). Os fatores associados às quedas (p<0,001) a classificação amarela, menor risco de gravidade real, envio de suporte básico e transporte ao final do atendimento. Conclusão: A prevalência de quedas foi de 14,6%. O perfil dos idosos vítimas de quedas mostrou-se idêntico aos que foram atendidos por outras causas. Entretanto, comportaram-se como fatores associados à queda: menor risco na gravidade real, gravidade presumida amarela, envio de suporte básico e transporte para serviço de saúde.