RESUMOCom a adoção das IFRS, esperava-se que a Contabilidade se aproximasse mais de sua essência econômica. Contudo, alguns estudos apontam evidências da permanência da utilização de certas práticas da Contabilidade anterior. Dessa forma, o principal objetivo deste estudo foi analisar a evolução da divulgação e da apresentação, nas demonstrações financeiras anuais, das informações referentes à depreciação dos ativos imobilizados no Brasil. Para isso, utilizou-se Análise de Conteúdo nas demonstrações financeiras padronizadas de 74 companhias abertas listadas na BM&FBOVESPA de 2006 a 2012. Os resultados mostraram que o nível de utilização das taxas fiscais era muito maior antes da adoção das novas normas, mas algumas empresas já utilizavam outras taxas nesse período. Após a adoção, passou-se a utilizar com mais frequência a apresentação através de taxas médias. Com o passar dos anos, as taxas de depreciação quase não se alteraram em todos os grupos de ativos imobilizados analisados. Contudo, antes e depois da adoção das IFRS, algumas empresas não apresentaram informações obrigatórias, mesmo com a exigência das normas vigentes. Constatou-se também que, antes das IFRS, a depreciação acumulada era apresentada no cálculo do valor líquido do imobilizado; e após, passou a ser apresentada na composição do saldo do mesmo, junto à depreciação do período.