Objetivo: Verificar o conhecimento dos profissionais enfermeiros sobre os efeitos do chá de ayahuasca e sobre os cuidados de enfermagem necessários aos pacientes que estejam sob o efeitos do referido chá. Método: Pesquisa de abordagem quanti-quali, do tipo descritiva estruturada a partir de um questionário online, composto por onze questões de múltipla escolha que avaliaram o conhecimento do profissional da enfermagem acerca do chá de ayahuasca, seu mecanismo de ação e a maneira mais adequada para cuidar de um paciente que esteja sobre esses efeitos. Resultados: Dos 105 enfermeiros participantes, 74,3% desconhecem as substâncias presentes no chá, 41,9% optaram por midríase, tremores e sudorese como efeitos físicos do chá, 54% propuseram evitar o uso do chá concomitantemente com betabloqueadores e antidepressivos tricíclicos, 39% evidenciariam síndrome serotoninérgica através de sintomas como ansiedade, risco de desiquilíbrio eletrolítico e perfusão tissular ineficaz, 56,2% enunciaram que a forma adequada em abordar a temática sem desrespeitá-la é estimular os pontos fortes do paciente, potencializando suas escolhas e seu autocontrole. Discussão: Enfermeiros não compreendem os mecanismos de ação do chá, bem como seus efeitos, o que compromete o cuidado integral. Conclusão: Quando em pauta o cuidado, não se pode pensar em outro profissional senão o enfermeiro, cabendo-lhe a articulação do conhecimento científico com as práticas assistências a fim de se alcançar a integralidade.