RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de formação e produção científica do fisioterapeuta pesquisador brasileiro. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de levantamento dos currículos profissionais cadastrados na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), atualizados nos últimos 5 anos. As principais variáveis analisadas foram sexo, distribuição dos fisioterapeutas pelo Brasil, tipo de instituição de graduação, local de atuação, formação complementar, produções científicas e participação em eventos. Foram encontrados 47.741 currículos, dos quais 17.864 estavam dentro dos critérios de seleção da pesquisa e foram analisados. Predominaram fisioterapeutas do sexo feminino (75,5%) e da região Sudeste (35%). A maioria é graduada em instituições privadas (75%), realizou pós-graduação lato sensu (61,4%) e trabalhou em universidades (30%). Existem diferenças entre os sexos com relação às produções, os eventos e a formação complementar, com o melhor desempenho do sexo masculino (p<0,001) - os graduados em instituição pública têm mais produções, eventos e atividades de formação complementar (p<0,001). Os profissionais graduados em instituições privadas, porém, realizam mais cursos de pós-graduação lato sensu (p=0,05). Conclui-se, portanto, que a maioria dos fisioterapeutas pesquisadores do Brasil é do sexo feminino, graduada na região Sudeste, formada em instituições privadas, realizou pós-graduação lato sensu e trabalha em universidades. Apesar da maioria feminina, os profissionais do sexo masculino e os formados em instituições públicas apresentam maior quantidade de produções, participações em eventos e formações complementares.