Em um contexto de mudanças climáticas globais, o monitoramento da temperatura do solo é de grande relevância para o entendimento das trocas energéticas do solo com a atmosfera e, portanto, para o balanço energético. Esse estudo foi conduzido em uma área de Caatinga (09º42,664’ S; 37º25,008’ W; 165m) no semiárido alagoano, cujo solo foi classificado como Franco-Argilo-Arenoso. O objetivo deste trabalho foi determinar algumas propriedades térmicas do solo utilizando dados de temperatura do solo e, de maneira indireta, investigar o impacto da precipitação sobre essas propriedades. No intuito de calcular a difusividade térmica do solo (K), foram utilizados três métodos distintos: amplitude, fase e logarítmico, além das variáveis profundidade de amortecimento, velocidade de propagação da onda e inércia térmica aparente. Para isso foram medidas temperaturas do solo nas profundidades de 0,01; 0,05; 0,10; 0,20 e 0,50m utilizando termopares do tipo E (cobre- constantan). A difusividade térmica do solo diária se encontra dentro das faixas relatadas na literatura para o nordeste do Brasil. Constatou-se a influência da chuva na K, a qual alcançou máximos no período chuvoso, independentemente do método e da profundidade da camada considerada. Também foram constatados picos de K na época seca durante ocorrências de chuvas significativas. Em média, a difusividade térmica aumentou em 1,38 vezes com o umedecimento do solo.