Caracterização das hospitalizações por causas externas em uma unidade de terapia intensiva pediátrica

Abstract

ARTIGO ORIGINALCaracterização das hospitalizações por causas externas em uma unidade de terapia intensiva pediátrica Characterization of hospitalizations for external causes in a pediatric intensive care unit Caracterización de las hospitalizaciones debidas a causas externas en una unidad de cuidados intensivos pediátricos

Caracterização das internações por causas externas de crianças e adolescentes em unidade de terapia intensiva

“…A maior frequência do sexo masculino também é reportada em outras regiões do Brasil (Silva et al, 2021;Romero, et al, 2016), o que pode se justificar pela representação cultural no processo de educação dos meninos, os quais possuem maior liberdade para atividade que geram vulnerabilidades às situações potencialmente perigosas em relação às meninas (Souza, 2005), além da maior predominância de internações do sexo masculino nas UTIP (Moreira et al, 2022).…”

“…As faixas etárias mais acometidas foram acima de 6 anos, seguida pelas crianças entre 1 e 3 anos de idade. Resultados semelhantes identificados em outra UTIP de um hospital público de referência em trauma na cidade de Salvador, Bahia, destacaram as idades de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos como as mais prevalentes em quase todos os tipos de causas externas (Silva et al, 2021). As crianças, de acordo com a faixa etária, possuem imaturidade do desenvolvimento neuropsicomotor.…”

“…A ingestão de corpo estranho também se destacou, diferente da literatura (Silva et al, 2021), possivelmente pelo hospital ser referência para cirurgia infantil e procedimentos broncoscópicos. As queimaduras representaram a quarta causa de admissão, provavelmente pela existência de atendimento especializado no local do estudo, com presença de recursos humanos capacitados e materiais adequados, sendo um dos dois únicos centros localizados no Estado do Paraná para tratamento dessas vítimas.…”

“…As queimaduras representaram a quarta causa de admissão, provavelmente pela existência de atendimento especializado no local do estudo, com presença de recursos humanos capacitados e materiais adequados, sendo um dos dois únicos centros localizados no Estado do Paraná para tratamento dessas vítimas. Achado semelhante foi observado em UTIP de um hospital público na Bahia, por também ser considerado referência para pacientes queimados (Silva et al, 2021). Já outras pesquisas apresentaram percentuais menores (Malta et al, 2016;Zimmerman et al, 2018).…”

“…Nessa fase as crianças não possuem discernimento para identificar que ingestão de determinadas substâncias pode ser maléfica, assim como considerar que a interação com alguns ambientes pode deixá-las susceptíveis aos acidentes peçonhentos. Também houve menor frequência de admissões de crianças vítimas de afogamentos, estando de acordo com percentuais de outras pesquisas (Silva et al, 2021;Martins & Andrade, 2005;Baracat et al, 2000;Albuquerque et al, 2014).…”