Caracterização Do Ataque Em Sistema Com a Utilização Da “Baliza Deserta” No Handebol Feminino

Abstract

Introdução: As últimas alterações nas regras do Handebol têm tido repercussões decisivas no comportamento tático das equipes na competição. A possibilidade de uma equipe jogar sem goleiro, introduzida nos jogos Olímpicos de 2016, levou equipes a alterar suas estratégias ofensivas fundamentalmente nas situações de igualdade e inferioridade numérica. Objetivo: O presente estudo teve como principal objetivo caracterizar as situações que ocorreram na fase de ataque em sistema, nas quais as equipes optam por substituir o goleiro por um jogador de campo, para atacar em superioridade numérica, ou em igualdade numérica. Metódo: A amostra utilizada foi constituída por (16) jogos da fase de play-off (a partir das oitavas de final) do Campeonato do Mundo de Seniores Feminino 2017. Para efetuar o registro foi utilizado o instrumento de observação ad-hoc. Desse registro, resultou um total de 3107 sequências ofensivas e 1760 ataques finalizados. Resultados e Discussão: Dos resultados obtidos destacam-se: (I) a eficácia das equipes numa situação de ataque com a baliza deserta 6X6 é maior do que a obtida quando atacam 7X6, (vitoriosas: 48.5% vs 47.6%; derrotadas – 40.7% vs 33.3%); (II) quando as equipes estão em inferioridade numérica com menos uma jogadora, o ataque com “baliza deserta” (6X6) revela-se mais eficaz do que o ataque em inferioridade numérica 5X6 (vitoriosas: 45.5% vs 32.4%; derrotadas - 50% vs 24%). Conclusão: Concluiu-se que a maioria dos ataques com baliza deserta ocorreu em situações de igualdade numérica absoluta, ou em situações de inferioridade numérica absoluta de uma jogadora, sendo essa estratégia mais eficaz para ambas as equipes durante a inferioridade numérica absoluta.

Playing 7 vs. 6 with an empty goal: Is it really an option for coaches? A comparative analysis between Portugal and the other teams during the Men’s European Handball Championship 2020

“…This study also showed that partial results influenced the team behavior. In other words, most teams’ use the 7 vs. 6, more or less often depending on whether they were at a disadvantage or closer to the end of the game, as a desperate attempt for change as registered by other authors ( Gümüş and Gencoglu, 2020 ; Maroja et al, 2020 ; Flores-Rodríguez and Ramírez-Macías, 2021 ). The results obtained by Marczinka and Gál (2018) are in line with this trend: teams used 7 vs. 6 tactic option twice as often as when they are wining.…”

“…In the study by Maroja et al (2020), the results showed that the efficiency of teams in a 6 vs. 6 attack formation with empty goal was greater than that obtained when attacking 7 vs. 6 (winners -48.5% vs. 47.6%; losers -40, 7% vs. 33.3%).…”

“…Several studies on handball have used the observational methodology and the analytical techniques of sequential analysis with lags, and polar coordinates, which proves its validity for studies in handball (González et al, 2013;Morillo et al, 2015;Sousa et al, 2015;Flores-Rodríguez and Anguera, 2018;Navarro et al, 2018;Prudente et al, 2019;Jiménez-Salas et al, 2020;Maroja et al, 2020;Quiñones et al, 2020).…”

“…The rule changes introduced in 2016 allowed their implementation during the main competitions since then. It has led to some studies conducted on this topic, namely, the 2016 Olympic Games ( Krahenbühl et al, 2019b ), European Men’s Championship 2018 ( Korte and Lames, 2019 ), 2019 Women’s World Championship ( Gümüs et al, 2020 ; Maroja et al, 2020 ; Spate, 2020 ), and Junior Men’s World Championship 2019 ( Spate, 2019 ). Playing without Goalkeeper is also allowed in futsal where some studies have been conducted ( Corrêa et al, 2014 ; Méndez-Domínguez et al, 2019 ).…”

“…As noted by Korte and Lames (2019) , with this new rule, different attacking formations have increasingly occurred, such as 7 vs. 6 with two pivots, or 5 + 1 vs. 6, and teams are using this new offensive strategy mainly in situations of equality and numerical inferiority ( Maroja et al, 2020 ).…”