O objetivo do estudo foi aproveitar os resíduos do processamento do camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum) para elaboração de um saborizante e sopas desidratadas. Os camarões foram capturados na Ilha Tabatinga-PA, congelados -18ºC e transportados até a UFMA/Campus Pinheiro -MA, onde foram descongelados, descascados, pesados, lavados e os resíduos cozidos em panela de pressão e posteriormente secos em estufa, triturados e peneirados. Foram elaboradas duas formulações de sopas com diferentes porcentagens do saborizante, F1 (40%) e F2 (30%). Foram realizadas análises de composição centesimal, análises microbiológicas e análise sensorial. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), e quando detectadas diferenças significativas, foi realizado o teste Tukey ao nível de 5% de significância. A umidade foi menor no saborizante (5,98%) em relação às sopas, F1 (7,29%) e F2 (7,01%), a proteína bruta (71,25%) e lipídios (10,05%) no saborizante foram superiores aos encontrados nas sopas F1 (57,73%, 4,20%) e F2 (62,36%, 3,58%) respectivamente. A matéria mineral foi mais elevada no saborizante (23,86%) em relação às sopas, F1 (19,68%) e F2 (19,68%). A análise microbiológica mostrou que o saborizante e as sopas estavam dentro dos padrões exigidos pela legislação. Na análise sensorial ambas as formulações apresentaram boa aceitação e a F2 foi a favorita, onde os avaliadores, comeriam frequentemente ou sempre. O aproveitamento dos resíduos do camarão para elaboração de sopas é uma alternativa de incentivar o aproveitamento integral dos resíduos de camarão, sem descartá-los ao meio ambiente.