A produção e o consumo de tomate cereja (Solanum lycopersicum var. cesariforme) vêm crescendo devido as suas propriedades nutricionais e potencial gastronômico. Entretanto, há poucos dados reportando as características intrínsecas e a qualidade sanitária de tomates cereja comercializados em estados da região Norte do Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades físico-químicas e a qualidade microbiológica de tomates cereja comercializados em empórios da cidade de Manaus-AM. Um quantitativo de 10 amostras de tomate cereja foi adquirido em empórios das Zonas Oeste (ZO) e Centro Sul (ZCS) de Manaus. Esses frutos foram avaliados quanto as suas propriedades físico-químicas (umidade, pH, sólidos solúveis totais expressos em ºBrix, acidez titulável expressa em ácido cítrico e ratio) e qualidade microbiológica (contagens de bolores e leveduras, Escherichia coli e avaliação da presença de Salmonella sp.) A média do teor de umidade foi de 94,74% e pH variou de 5,44 (ZO4) a 4,87 (ZCS1). O conteúdo significativo de sólidos solúveis totais (7,60 °Brix) foi verificado na amostra ZCS. A acidez em ácido cítrico foi, em média, de 0,39%. Os valores de ratio variaram de 26,67 (ZO4) a 8,28 (ZO1). Na avaliação da qualidade sanitária, foram verificadas contagens 2x102 UFC/g a 5 x 103 UFC/g para bolores e leveduras, mas não foi observada contaminação por E. coli e Salmonella sp. Os tomates cereja comercializados na cidade de Manaus podem ser fontes de fungos produtores de toxinas e, portanto, a qualidade microbiológica desses frutos deve ser monitorada para evitar danos à saúde do consumidor.