A hemorragia pós-parto (HPP) é uma das principais causas de mortalidade materna global, afetando cerca de 5% dos partos. Esta condição é frequentemente provocada pela atonia uterina, responsável por aproximadamente 70% dos casos, e é exacerbada por fatores de risco como episiotomia e anestesia geral. A administração de uterotônicos eficazes, como a ocitocina e a carbetocina, desempenha um papel crucial na redução do risco de HPP, demonstrando uma diminuição documentada de até 66%. Para investigar a eficácia da carbetocina na prevenção da HPP, foram selecionados 19 estudos publicados a partir de 2019, com critérios de inclusão estritamente relacionados ao tema. Esses estudos destacaram a carbetocina devido à sua estabilidade térmica superior e eficácia comparativa em relação a outros uterotônicos disponíveis. Apesar do custo mais elevado, seu uso reduz potencialmente complicações obstétricas significativas e custos associados à saúde materna. A discussão enfatizou a segurança, eficácia e viabilidade da carbetocina em ambientes com limitações logísticas, evidenciando seu desempenho superior em relação à ocitocina em várias análises revisadas. Apesar dos desafios econômicos, estudos de custo-efetividade sustentaram sua aplicação, especialmente em partos de alto risco e cesarianas. A carbetocina se destaca como uma opção viável, embora o custo represente um desafio, recomendando-se sua implementação em cenários específicos para aprimorar os resultados obstétricos e mitigar a mortalidade materna.