RESUMOMateriais em escala nano e micro oferecem novas possibilidades para compósitos cimentícios com melhor desempenho mecânico. Os tamanhos reduzidos permitem interações entre a celulose e o sistema de cimento, contribuindo de forma potencial para o combate das microfissuras e aumento da resistência do concreto. A metodologia da pesquisa seguiu um roteiro em que foram realizados ensaios com argamassas confeccionadas contendo diferentes dosagens de MCC (microcelulose cristalina) em relação à massa de cimento, em que foram feitos os ensaios de degradação em meio alcalino da MCC, e resistências à compressão e à flexão de compósitos cimentícios. Em relação a degradação em meio alcalino, observou-se pequenas alterações na estrutura química da MCC, e que as alterações se tornam mais efetivas quanto maior o tempo de exposição da MCC ao meio alcalino. Em relação às resistências à compressão, observou-se um aumento de resistência da ordem de 30% quando adicionado 0,2% de MCC, em relação a massa de cimento, se comparado aos compósitos sem MCC. Em relação à resistência à flexão, observou-se um aumento progressivo até a porcentagem de 0,6% de MCC, sendo esta que deteve o pico máximo de resistência de 7,67 MPa, representando aumento de 20% em relação aos compósitos sem MCC.
PALAVRAS-CHAVE:microcelulose, resistência à compressão, microfissuras.