RESUMOObjetivou-se avaliar o efeito do cruzamento entre ovinos nativos no desempenho e características da carcaça. Foram utilizados vinte cordeiros, machos, inteiros, com idade inicial de quatro meses, e peso médio inicial 19,0±5,11, distribuídos em dois grupos genéticos: Rabo Largo (RL) e Santa Inês x Rabo Largo (F 1 SI x RL), em um delineamento inteiramente ao acaso. Os animais foram terminados em regime de confinamento durante 70 dias. Os cordeiros F 1 SI x RL apresentaram maiores pesos ao desmame, ao abate, do corpo vazio, das carcaças quente e fria, e maior rendimento biológico. Verificaram maiores valores para os parâmetros de morfometria da carcaça para animais F 1 SI x RL comparados aos animais Rabo Largo (P<0,05). Os pesos da hemi-carcaça e dos cortes comerciais foram superiores para cordeiros F 1 SI x RL. Nas medidas obtidas no músculo Longissimus dorsi, os cordeiros Rabo Largo apresentaram valores superiores para espessura de gordura subcutânea. A utilização da raça Santa Inês como base paterna acarreta em melhorias nas características de carcaça de cordeiros Rabo Largo podendo ser indicado em sistemas de produção de carne ovina. (Barros et al., 2005). A eficiência na produção de carne ovina na região Nordeste, assim como nos demais centros de produção ovina, pode ser aprimorada utilizando-se sistemas de cruzamento planejados, aliado a manejos produtivos adequados (Carneiro et al., 2007).