IntroduçãoO adenocarcinoma escamoso do estômago é um tumor raro que apresenta uma incidência entre 0,04% e 0,07% dentre os tumores gástricos (1)(2) . São menos de 100 casos relatados na literatura (3) . A relação entre homens e mulheres acometidos é de 4:1 e sua maior frequência ocorre na sexta década de vida (4) . Ocorre com maior prevalência em populações asiáticas (5) . O comportamento clínico-patológico do tumor é influenciado basicamente pelo componente adenocarcinomatoso. Esse divide-se em três grupos com características distintas: o indiferenciado, o moderadamente diferenciado e o bem diferenciado. O indiferenciado aparece em idade mais precoce e se distribui igualmente nos sexos, enquanto o bem diferenciado aparece em idade mais avançada com predomínio no sexo masculino. O bem diferenciado apresenta, com maior frequência, metástases hepá-ticas via sistema porta e acometimento linfonodal; o indiferenciado desenvolve com mais frequência carcinomatose peritoneal. O moderadamente diferenciado apresenta caracteres intermediários entre os dois grupos anteriores. Para o diagnóstico anatomopatológico é necessário identificar pontes intercelulares e massas de células queratinizadas com a formação de pérolas córneas nas áreas escamosas (5) . O prognós-tico do carcinoma adenoescamoso é extremamente reservado devido à maior profundidade de invasão e a maior frequência de disseminação linfática e vascular das células carcinomatosas (5) . A origem das células escamosas não está bem definida, pode ser que elas estejam relacionadas a áreas de metaplasia epidermóide, em áreas de epitélio escamoso ectópico