Introdução: O carcinoma basaloide escamoso (CBE) é um raro subtipo do carcinoma espinocelular (CEC) de esôfago, ocorrendo mais frequentemente no trato aerodigestivo superior. Caracteriza-se pela alta agressividade e mau prognóstico, com sítios metastáticos mais comuns em fígado e pulmões. A incidência é extremamente baixa (0,1 a 5% das neoplasias malignas de esôfago), predominando em homens acima de 40 anos, especialmente no terço médio do esôfago torácico. Fatores de risco incluem alcoolismo, tabagismo, radiação, vírus Epstein-Barr e papilomavírus humano (HPV). O diagnóstico precoce é possível com ultrassonografia endoscópica, porém na maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. O tratamento segue os princípios oncológicos gerais adotados para neoplasias malignas do trato gastrointestinal (TGI). Objetivo: o objetivo do trabalho é apresentar uma revisão de literatura sobre o carcinoma basaloide escamoso. Materiais, sujeitos e métodos: para a elaboração desta revisão de literatura foram consultados artigos científicos e artigos de revisão publicados e referenciados na Medline/PubMED, SciELO, Studies in Health Sciences, Exerpta Medica, Lilacs e ScienceDirect entre os anos de 1996 e 2022. Resultados e discussão: O CBE é caracterizado por ninhos de células tumorais escamosas com necrose central. Este subtipo pode ser diagnosticado erroneamente como um CEC comum em biópsias pequenas. O diagnóstico definitivo geralmente é feito após a ressecção tumoral, pois biópsias pequenas podem não abranger áreas representativas do tumor. O CBE afeta principalmente homens idosos, com média de idade de 63 anos, e está associado ao tabagismo e consumo de álcool. Tumores em fase inicial são tratados com radioterapia ou cirurgia, enquanto tumores avançados requerem tratamentos mais agressivos. Apesar do tratamento agressivo, a sobrevida dos pacientes com CBE é pior em comparação com outros CECs. A intervenção precoce melhora as chances de sucesso no tratamento. Considerações finais: O CBE é uma forma rara e agressiva de câncer de esôfago, com prognóstico dependente do estadiamento da lesão e das condições clínicas do paciente no momento do diagnóstico. Geralmente apresenta-se em estágio avançado, exigindo estratégias terapêuticas multimodais e um seguimento rigoroso dos pacientes.