A prática da hidroginástica tem aumentado muito nos últimos anos. Este acréscimo está relacionado a seus benefícios cardiorrespiratórios aliados à redução dos danos articulares quando comparados aos exercícios terrestres. Dessa forma, tanto os adeptos tradicionais de atividades físicas como as pessoas que estão iniciando uma atividade (indivíduos com sobrepeso, gestantes, sedentários e idosos) podem participar desta modalidade de exercício (KRUEL, 2000).O consumo de oxigênio (VO 2 ), entre as diversas ferramentas existentes para avaliar os indicadores de esforço fisiológico, é o principal parâmetro utilizado para quantificar a intensidade nas pesquisas da área das atividades aquáticas (JOHNSON et al., 1977;CASSADY;NIELSEN, 1992;DARBY;YAEKLE, 2000;ALBERTON et. al., 2005;PANTOJA et. al., 2006;PINTO et al., 2006;ALBERTON et. al., 2007; TIGGEMANN et. al., 2007;ALBERTON et. al., 2009). Todavia, na prática, utiliza-se amplamente a frequência cardíaca (FC) como ferramenta para a prescrição de exercícios aquáticos, uma vez que ela apresenta relação linear com o VO 2 durante esforço (HALL et al., 1998;SHONO et al., 2000;ALBERTON et al., 2009), sendo de baixo custo e apresentando simplicidade na avaliação. Contudo, é importante salientar que em imersão a resposta da FC é atenuada devido aos efeitos hidrostáticos da água, fazendo-se necessário o uso de fórmulas de correção dos seus valores máximos Motriz, Rio Claro, v.18 n.3, p.423-431, jul./set. 2012 Artigo Original
Consumo de oxigênio e índice de esforço percebido em diferentes ritmos de execução na hidroginásticaCristine Lima Alberton Claudia Renata Cardoso RothmannStephanie Santana Pinto Marcelo Coertjens Luiz Fernando Martins Kruel
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, BrasilResumo: O objetivo do estudo foi correlacionar o consumo de oxigênio (VO 2 ) e o percentual do VO 2 máximo (%VO 2máx ) com o índice de esforço percebido (IEP) e comparar essas variáveis entre exercícios de hidroginástica executados no meio aquático em diferentes ritmos de execução. Seis mulheres realizaram quatro sessões de testes, uma no meio terrestre (teste de esforço máximo) e três no meio aquático, cada uma com a execução de um exercício de hidroginástica: corrida estacionária, deslize lateral e chute frontal até 45. Cada exercício aquático foi realizado em três ritmos de execução, 80, 100 e 120bpm, durante 6 min (intervalo de 30 min). Para todas as variáveis, não foram observadas diferenças significativas entre os três exercícios, todavia, as mesmas apresentaram diferenças significativas entre os ritmos, indicando que com o aumento do ritmo, o esforço para executar os exercícios foi intensificado. Correlações significativas foram observadas entre VO 2 e IEP e entre %VO 2máx e IEP. Logo, baseado nessas associações, sugere-se que a prescrição da intensidade dos exercícios analisados possa ser feita através do IEP durante aulas de hidroginástica. Palavras-chave: Consumo de Oxigênio. Exercício. Imersão.
Oxygen consumption and rate of perceived exertion at diff...