INTRODUÇÃOO controle de infecções causadas por microrganismos multi-resistentes é considerado, atualmente, grande prioridade entre os epidemiologistas, uma vez que estas têm se mostrado muito virulentas e de difícil tratamento. Um grande foco de desenvolvimento de resistência bacteriana são os ambientes hospitalares, sendo este fenômeno resultado da coincidên-cia de fatores como presença de outras infecções, depressão imunológica e grande facilidade de transmissão.Até as infecções causadas pelo gênero estafilococos, antes facilmente controláveis, vêm se constituindo, nas últi-mas décadas, em grande ameaça à Saúde Pública em função do surgimento de cepas com amplo espectro de resistência (Nishi, 1998;Crowcroft, 1999;Onorato, 1999;Fuchs et al., 2002;Brenwald, Fraise, 2003;Maudsley et al., 2004). Na busca de novos antimicrobianos que sejam eficazes no tratamento de infecções causadas por bactérias multi-resistentes consideram-se basicamente a descoberta de novos alvos e a potencialização da atividade de compostos com atividade antimicrobiana conhecida (Fernandes et al., 1999). Com o constante avanço na área de modificação molecular ao longo dos últimos anos, a segunda alternativa mostra-se altamente viável e com grande perspectiva de sucesso, já que estudos que visam o planejamento e desenvolvimento de fármacos têm mostrado alta aplicabilidade nas mais diversas áreas de saúde. Além disso, vale ressaltar que este tipo de metodologia mostra-se claramente mais vantajosa tanto em termos de investimentos como em relação ao tempo de execução, já que a descoberta de um fármaco completamente novo chega a custar, em média, cerca de quinhentos milhões de dólares e pode levar até quinze anos de estudos desde a sua