Objetivo: integrar, compilar e discutir os dados clínico-epidemiológicos de pacientes pediátricos que foram expostos ao vírus SARS-CoV-2 e desenvolveram síndromes inflamatórias multissistêmicas. Metodologia: A pesquisa foi realizada no mês de setembro de 2020, a partir das bases eletrônicas de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), SCOPUS, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Scholar. Os descritores foram organizados na seguinte proposta: ((“COVID-19” OR “SARS-CoV-2” OR “Coronavirus” AND “Kawasaki Disease” AND “Children” OR “Adolescent” OR “Pediatric”) OR (“COVID-19” OR “SARS-CoV-2” OR “Coronavirus” AND “Multisystem Inflammatory Syndrome in Children” OR “Pediatric Multisystem Inflammatory Syndrome” AND “Children” OR “Adolescent” OR “Pediatric”)). As buscas foram delimitadas pelos critérios de inclusão: idioma (inglês, português e espanhol), indexação nos bancos de dados e texto na integra. Os critérios de exclusão foram: estudos inadequados, amostras duplicadas e incompatíveis com o objetivo desta revisão. Resultados: Foram identificados 1.324 artigos dos quais apenas 38 foram incluídos na revisão. A maioria dos pacientes era sexo masculino (59%), afrodescendentes (35%) com idade média de 8,8 anos. A Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica foi diagnosticada em 67% dos pacientes que apresentaram principalmente febre (94%), sintomas gastrointestinais (65%) e possíveis complicações cardíacas (32%), hipotensão (27%) e choque (17%). Conclusão: As informações apontam para uma síndrome pós-viral que surge entre duas e quatro semanas após a contaminação pelo Sars-CoV-2, os impactos causados ainda são desconhecidos, portanto, as equipes dos serviços de saúde devem estar atentas para lidarem com esse novo aspecto da COVID-19.