O objetivo deste trabalho foi avaliar características da carcaça, qualidade e atributos sensoriais da carne de novilhos Angus terminados em diferentes sistemas. Foram avaliadas três dietas de terminação: confinamento convencional (CC) baseado em silagem de milho e um concentrado comercial; confinamento alto grão (AG) composto de 85% milho grão + 15% de concentrado proteico-vitamínico-mineral; a pasto (AP) com suplementação energética de milho a 0,8% do peso vivo (PV), com pastagens de aveia, azevém, festuca e trevo mais 0,8% do peso vivo de milho grão durante 30 dias pré-abate. Foram utilizados 31 bovinos Aberdeen Angus castrados, com média de 12±2 meses de idade e peso inicial de 315±5 kg. A carne dos animais confinados (CC e AG) apresentou maior maciez (p<0,0064) e intensidade de cor vermelha (p<0,0001); os animais apresentaram maior área de olho de lombo (p<0,036); na análise sensorial, maior suculência (p=0,0021), maciez (p<0,0001) e aceitabilidade geral (p=0,0054) foram relatadas. Animais do tratamento AG apresentaram maior rendimento de carcaça (p<0,001) e espessura de gordura subcutânea (p<0,001). A coloração amarela da gordura (0h) foi maior nos tratamentos CC e AP (p<0,0426). Houve variação entre os valores de pH no abate (0h), após resfriamento (24h) e da carne (48h) entre os tratamentos, entretanto dentro dos padrões. Foi produzida uma carne com maior qualidade, principalmente em termos de rendimento de carcaça, maciez e coloração da carne na terminação em confinamento. Na análise sensorial, consumidores preferiram a carne de animais confinados, CC ou AG, frente à carne de animais terminados a pasto com suplementação energética.