O empreendedorismo tem contribuído ao fornecer resultados positivos para tornar uma economia próspera e crescente para sua população. O objetivo deste artigo é, portanto, analisar a relação de longo prazo entre o empreendedorismo e o crescimento econômico de capitais brasileiras no período de 2013 a 2021. A metodologia foi baseada em uma abordagem quantitativa, na qual fez-se o uso de séries temporais para avaliar variáveis representativas do empreendedorismo, bem como de desenvolvimento econômico. As variáveis escolhidas foram: número de microempreendedores individuais (MEIs); Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF); número da população; densidade demográfica; Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e PIB per capita. A interpretação dos resultados foi baseada na análise descritiva e inferencial com o uso do modelo econométrico de Regressão com Dados em Painel. Os principais resultados evidenciaram, de forma geral, a gestão fiscal das capitais brasileiras, mantendo-se dentro do limite classificado como de boa gestão fiscal, no entanto, ao comparar as capitais isoladamente, algumas apresentaram indicadores baixos, sugerindo dificuldades na sustentabilidade financeira, enquanto outras criaram estratégias para avanços econômicos. A presença de microempreendedores individuais foi um fator que gerou ganhos na economia dos municípios, com maior desenvolvimento local ao criar mais empregos. No tocante à análise inferencial do modelo econométrico, foi possível comprovar a significativa influência das taxas de empreendedorismo no crescimento econômico das capitais investigadas. As descobertas deste artigo ressaltam a importância da promoção dos microempreendedores individuais a ponto de reconhecer o papel destes na economia das cidades. Assim, gestores podem elaborar políticas de incentivo à criação e ao desenvolvimento de empreendedores.