A cefaleia por uso excessivo de medicamentos (CEM) é uma condição de saúde secundária crônica, com ocorrência de 15 ou mais dias por mês, atribuída ao uso frequente ou regular de analgésicos ou medicamentos antienxaquecosos agudos em pacientes com cefaleia primária. O uso prolongado de medicamentos pode ser visto como falta de habilidades de enfrentamento adequadas, incluindo capacidade insuficiente de lidar com a dor. O consumo excessivo desses fármacos entre os universitários tem representado importante preocupação para a saúde pública. Baseado nisso, os objetivos propostos consistiram na análise da incidência de cefaleia por uso excessivo de analgésicos nos discentes de medicina de uma universidade privada de Teresina, Piauí, identificando possíveis fatores predisponentes neste grupo de estudantes. Para tal, realizou-se um estudo transversal, quantitativo, do tipo exploratório e descritivo. A coleta de dados contou com 324 estudantes, do 1º ao 12º período do curso. As respostas recebidas ao questionário foram registradas e analisadas através da planilha Microsoft Excel. Com base nos resultados obtidos, observou-se um alto percentual de alunos que fazem uso excessivo e indiscriminado de medicações para cefaleia (analgésicos simples 71,29%, AINES– 23,46%, outras medicações - 3,09% e opioides – 2,16%). O alívio imediato da sintomatologia, tem sido a causa principal da CEM, devido ao comprometimento cognitivo e social que a dor pode causar, entretanto, tal prática reflete em efeitos a longo prazo, agravantes do quadro. Diante disso, é importante a realização de mais pesquisas com o intuito de explorar a incidência de cefaleia por uso excessivo de analgésicos entre os estudantes.