O planeta passa, atualmente, por uma grave pandemia de Covid-19, que vem impactando drasticamente os serviços de saúde e já ceifou milhões de vidas mundo afora. Em países subdesenvolvidos como o Brasil, ocorre uma miríade de iniquidades sociais, levando à existência de diferentes grupos populacionais vulnerados, como os indígenas, os quilombolas, e as pessoas mais empobrecidas, especialmente as residentes nas favelas. O impacto da pandemia sobre esses grupos vulnerados é muito mais intenso quando comparado ao restante da população e eles têm sérias dificuldades de se prevenirem da enfermidade e, mesmo, de subsistência econômica. O papel do Estado na proteção desses grupos é fundamental para a manutenção da dignidade e, mesmo, da vida. Nesse contexto, a Bioética da Proteção se mostra como norteadora ideal para uma implementação mais justa e reparadora das políticas públicas para esses grupos mais vulnerados.