Mediante um ensaio terapêutico randomizado e cego em 193 mulheres (15-45 anos de idade) anêmicas (Hb<12mg/dl) e "menstruantes", comparou-se a ação e a adesão ao tratamento com sulfato ferroso (60 mg de Fe elementar), administrado em doses diárias e semanais, em uma comunidade de baixa renda do Recife-PE. Após 12 semanas de tratamento, 150 mulheres chegaram ao final do ensaio, sendo 79 do esquema semanal e 71 do diário. As médias de Hb antes do tratamento foram, respectivamente, 10,52 g/dl (DP = 1,13) e 10,72 g/dl (DP = 0,92) para o esquema alternativo e convencional. Após a intervenção, as médias de Hb alcançaram 11,83 g/dl (DP = 0,97) no esquema semanal e 11,62 g/dl (DP = 1,39) no diário. Não houve significância estatística (p = 0,22) entre as diferenças de médias nos dois esquemas terapêuticos, embora o percentual de cura (48,1%) tenha sido maior no tratamento semanal, quando comparado ao diário (36,6%). Conclui-se que o esquema de tratamento semanal teve a mesma eficácia do diário. A aceitação ao tratamento no primeiro mês foi melhor no esquema semanal, não havendo, entretanto, diferenças nos dois meses subseqüentes.