Células-tronco derivadas do epitélio olfatório: perspectivas terapêuticas na medicina veterinária

Abstract

ABSTRACT.-Mazzarella R., Garnica T.K., Roballo K. The olfactory epithelium (OE) is a promising source of stem cells (OESC) for therapeutic use in veterinary and human medicine, especially in diseases correlated with the peripheral (spinal cord) and central (brain and brainstem) nervous system (CNS), because of its ability to differentiate into neurons, astrocytes and oligodendrocytes cells. In humans, OESC has been used primarily in therapeutic trials for degenerative diseases such as Alzheimer and Parkinson. In animals, the frequency of corresponding cases of chronic or acute neurodegenerative diseases is very low, because of the difficulty of a definitive diagnosis; thus, the focus of cell therapy research are mostly mechanical spinal cord injuries. Due to the lack of normalization and selection of the best methodologies for comparative studies, this review aims to analyze recent reports on the potential use of stem cells from the olfactory epithelium in cell therapies and to discuss the main challenges and future prospects in veterinary medicine.INDEX TERMS: Olfactory epithelium, stem cell, spinal cord therapies, veterinary medicine.¹ Recebido em 5 de fevereiro de 2016.Aceito para publicação em 3 de maio de 2016.

Isolation and characterization of olfactory ecto-mesenchymal stem cells from eight mammalian genera

“…Among the potential stem cell candidates for regenerative therapy, adult nasal stem cells present in the olfactory mucosa are a promising candidate both for human and veterinary medicine [ 13 – 16 ]. This easily accessible peripheral tissue contains highly proliferative stem cells that do not face ethical or technical issues associated with other stem cells types [ 17 – 20 ].…”

Estudo comparativo de proliferação e viabilidade celular pós criopreservação em células-tronco mesenquimais, obtidas do epitélio olfatório, tecido adiposo e âmnio de fetos caninos em terço final de gestação

“…Na medicina veterinária, bem como na medicina humana, o uso terapêutico de CT provenientes do epitélio olfatório (EO) tem demonstrado ser uma fonte promissora, especialmente em doenças relacionadas com o sistema nervoso central e periférico (MAZZARELLA et al, 2016).…”

“…Pelo potencial de diferenciação em múltiplas linhagens celulares, as CTA estão presentes em diversos tecidos, como hematopoiético, hepático, muscular, epitelial e nervoso, principalmente naqueles que apresentam proliferação celular elevada, possibilitando a reparação e renovação celular, consequentemente demonstrando grande relevancia em terapia celular, apresentando ainda facilidade quanto á isolamento, cultivo bem como possibilidade de criação de banco celular(DOMINICI et al, 2006;TAKEUCHI;TANNURI, 2006;CARMO;SANTOS, 2009;NERY et al, 2013).Tabela 1-Células-Tronco embrionárias (CTE)x Células-Tronco adultas (CTA) Embrora as CTE apresentem capacidade de diferenciação Ilimitada quando comparadas as CTA, há vantagens, quanto a facilidade de isolamento, capacidade de propagação em cultivo, possibilitando e destacando o emprego das CTA (BOBIS; JAROCHA; MAJKA, 2006).Há dois grupos principais dentro das CTA, sendo as células-tronco hematopoiéticas (CTH), responsáveis pela homeostásia e diferenciação em células que compõem o sangué e as celulas-tronco mesenquimais (CTM) respnsáveis pela reñovação de órgãos e tecidos(BIANCO et al, 2008; BYDLOWSK et al, 2009).2.2 CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS (CTM) E SUAS FONTES.As células-tronco mesenquimais (CTM), destacam-se quanto à variedade de fontes de obtenção e viabilidade em cultivo in vitro, apresentando relevância, na imunomodulação, na regeneração tecidual, e no tratamento de patologias com prognóstico atualmente desfavoráveis(PITTENGER et al,1999).de CTM, como: crescimento em cultivo, poder de adesão, marcação positiva para diversos anticorpos dentre eles o CD 90 (Thy-1), CD 105 ( endoglina: marcador angiogênico), CD 73 ( SH3 e SH4 ecto-5-nucleotidase), e marcadores negativos para anticorpos expressos pelas celulas-tronco hematopoiéticas (CTH), como o CD 34 (receptor de células endoteliais), CD 14 (receptor de lipopolissacarídeos) e CD 45 (marcador de células de natureza linfóide / hematológica), bem como a diferenciação, quando induzidas à O tecido adiposo é considerado uma das principais fontes de CTM, pela facilidade na obtenção e isolamento, bem como pelo grande número de células(ALVES et al, 2014).Em medicina veterinária bem como em medicina humana, o uso terapêutico de CT provenientes do epitélio olfatório (EO) tem demonstrado ser uma fonte promissora, especialmente em doenças relacionadas com o sistema nervoso central e periférico(MAZZARELLA et al, 2016).2.3 ÂMNIODentre os tecidos extraembrionários, se destaca o âmnio, constituinte da placenta, favorece o desenvolvimento, proporcionando resistência ao impacto e proteção(PEREIRA et al, 2011). aleatoriamente na matriz extra celular(PEREIRA et al, 2011).Pelo descarte das membranas aminióticas após o nascimento, as CTMs aminióticas são obtidas sem implicações éticas, de maneira facilitada e não invasiva(URANO et al, 2011;PARK et al, 2012).As células amnióticas mesenquimais (AM-CTMs) preservam características embrionárias, como pluripotência e propriedades imunossupressoras, confirmadas por apresentarem expressão positiva aos marcadore...…”