Apesar de centenária a sífilis permanece sendo um problema atual de saúde pública, neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar, do ponto de vista epidemiológico, os casos de sífilis adquirida notificados na cidade de Lagoa Vermelha. Trata-se de um estudo ecológico, de série temporal, abordagem quantitativa e de natureza descritiva, realizado mediante análise dos dados de notificações compulsórias depositados no DATASUS. A amostra constitui-se por casos de sífilis adquirida na cidade de Lagoa Vermelha - RS entre 2016 e 2020 em indivíduos com idade superior a 10 anos, sendo coletadas as variáveis: etnia, faixa etária, sexo, escolaridade e desfecho. Foram notificados na cidade de Lagoa Vermelha 198 casos de sífilis adquirida, representando 2,88% de todos os registros feitos no estado do Rio Grande do Sul, o qual foi de 68.716 casos. Com relação à faixa etária, a mais acometida em ambas as análises foi a de 20 a 39 anos, representando 50% e 55% das notificações. Na cidade de Lagoa Vermelha, 50,5% dos casos foram em homens e 84,3% dos registros possuíam a pele branca. Em 24,9% das notificações a escolaridade foi o ensino fundamental incompleto. Com relação à taxa de incidência por 100 mil habitantes, ela foi superior em Lagoa Vermelha nos anos de 2017 e 2019 comparada com o estado. O principal método para diagnóstico da doença foi laboratorial e na cidade 67,1% dos casos evoluíram para a cura.