O poder curativo das plantas é tão antigo quanto o surgimento da espécie humana e, desde o início, as primeiras civilizações compreenderam que algumas plantas continham substâncias que ao serem utilizadas em doentes apresentavam efeitos benéficos. Ainda hoje, séculos depois, o homem moderno, por meio de procedimentos e tecnologias, vem aperfeiçoando o seu uso, e introduzindo-as em seus cuidados terapêuticos; contudo, ainda há o uso de forma indiscriminada, o que pode significar riscos à saúde. Neste cenário objetivou-se investigar o uso de plantas medicinais, desde a pré-história até a sua inserção no Sistema Único de Saúde (SUS), empregando como metodologia revisão da literatura, coletando dados nas bases SciELO, Google Acadêmico, ScienceDirect, e ReBraM, no período de 1.995 a 2.022.Verificou-se que, atualmente, 80% da população de países em desenvolvimento depende unicamente das plantas medicinais para tratamentos de saúde, devido ao seu baixo custo, ampla distribuição e alta taxa de eficiência. Portanto, é imprescindível que políticas públicas incentivem o resgate do conhecimento das populações tradicionais sobre o uso dos recursos vegetais como prática medicinal. No Brasil, a inserção de plantas medicinais pela adoção da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e a criação da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do Sistema Único de Saúde (RENISUS) são considerados avanços significativos nas práticas curativas, não apenas baseadas no conhecimento popular e tradicional do uso das plantas como remédio, mas por meio de pesquisas comprovando a eficácia dos princípios ativos no tratamento de doenças, possibilitando práticas medicinais gratuitas e seguras que proporcionam melhorias na qualidade de vida.