No fim do ano de 2019, o mundo foi surpreendido por um surto viral provocado pelo vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, reconhecido como pandemia pela OMS no início de 2020. Em alguns casos, a COVID-19 evolui com prognóstico insatisfatório, causando síndrome respiratória grave e distúrbios da coagulação, necessitando o paciente, muitas vezes, de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uso de politerapia. Nesse contexto, o presente estudo objetivou identificar os medicamentos mais prevalentes nas prescrições e levantar as possíveis interações medicamentosas (farmacocinéticas e/ou farmacodinâmicas) associadas a eles, considerando a base de dados Micromedex®. Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, com dados coletados de prontuários de pacientes internados, no período de 25 de junho a 25 de agosto de 2021, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital particular em Campos dos Goytacazes. Os dados levantados revelaram uma maior taxa de internação de pacientes do sexo masculino, com idade acima de 60 anos e acometidos, principalmente, por DM e HAS. As interações medicamentosas potenciais mais frequentes encontradas foram as classificadas como de gravidade importante, estando estas associadas aos medicamentos fentanila, midazolam, omeprazol, dipirona e insulina, sendo prevalentes as interações do tipo farmacocinética.