Este artigo é o relato de um experimento realizado em duas turmas de Inglês Pré-Intermediário do Celin (Centro de Línguas e Interculturalidade) da UFPR, com o intuito de verificar a influência dos estereótipos de gênero na compreensão e atribuição de um gênero à autoria de um texto no qual não houvesse marcas explícitas para fácil direcionamento da interpretação dos alunos. Utilizando-se uma base teórica acerca das manifestações do gênero na língua e sua íntima relação com as concepções presentes na cultura dos falantes, formulou-se a hipótese de que, embora marcas evidentes de gênero não estivessem presentes no texto, os alunos seriam capazes de atribuir um gênero à autoria ao fazerem a leitura com base nas concepções de gênero internalizadas durante o processo de socialização.