Qualquer condição que perturbe o controle motor adequado poderá resultar em uma marcha dita patológica, tendendo a gerar um prejuízo primário à marcha ou criar mecanismos compensatórios secundários para que ela mantenha uma função útil. A instabilidade patelofemoral é uma condição patológica na qual o restabelecimento da marcha significa maior funcionalidade para o paciente. Surge, então, a necessidade do estudo do comportamento biomecânico e de tais indivíduos, o qual pode otimizar o processo de reabilitação. Este artigo deriva de pesquisa sobre o comportamento eletromiográfico dos músculos Vasto Medial Oblíquo (VMO) e Vasto Lateral (VL) e eletrogoniométrico da articulação do joelho, durante a realização da marcha em aclive e declive, com dez voluntários saudáveis (grupo-controle); posteriormente, verificou-se se houve alteração nesse comportamento, durante a marcha, em dez voluntários com instabilidade patelofemoral (grupo patológico), de forma a identificar precocemente tal patologia. Os dados foram coletados utilizando-se dois pares de eletrodos de superfície do tipo ativos, bipolares e diferenciais e um eletrogoniômetro. Os resultados, por meio da análise de correlação cruzada e coeficiente de variação, não demonstraram diferença estatisticamente significante nos voluntários com instabilidade patelofemoral, quando comparados ao grupo-controle.