Este é um estudo quantitativo realizado entre 2017 e 2018 em uma universidade pública estadual da Bahia, com o objetivo de avaliar a prática de binge drinking em universitários. Utilizou-se questionário autoaplicável e análise descritiva e inferencial. Participaram 150 universitários, sendo 52% mulheres e 48% homens que afirmaram ingerir bebidas alcoólicas, com média de idade de 23,2 anos (dp±3,6). Houve associação entre beber para amenizar a ansiedade e a prática do binge drinking (p=0,01); no uso moderado do álcool relatou-se não sentir nada ou sentir sonolência após o consumo da bebida, enquanto os que faziam uso nocivo, a sensação era de alegria (p<0,0001). No padrão de consumo típico do binge drinking, 41% eram mulheres e 59% eram homens. As diferenças estatisticamente significantes foram: quanto ao sexo masculino – ter sofrido ou causado prejuízos a terceiros (p=0,04); quanto ao sexo feminino – possuir benefício social (p=0,0001) e esconder dos pais que faziam uso excessivo do álcool (p=0,01). Os fatores de risco observados: sexo, início precoce do uso do álcool, ingresso na universidade e influência dos pares. Já os fatores de proteção: estar casado e ter religião. A universidade precisa entender seu papel nesse cenário incluindo atividades culturais e ofertando acesso a conhecimento sobre riscos e a redução do consumo de alcool nos universitários.