“…O pico II que variou de 300 -365 nm esteve presente nos P3C e no P4S, P6S e P7S, revela a presença de compostos que podem apresentar em sua estrutura dois a quatro anéis aromáticos, tipo o triptofano, que pode ser encontrado em águas residuais incluindo os efluentes de esgotos e os resíduos agrícolas, dessa forma, o pico II é indicativo de aporte antropogênico (JAFFÉ et al, 2004; HUDSON et al 2007; ARGUELHO et al, 2017). O P3C se comportou de forma isolada, sendo encontrado em seu espectro apenas o pico II, indicando que no período chuvoso, recebeu um aporte extra de conteúdo orgânico de fonte difusa já no período seco apresentou apenas o pico I.Figura 5 -Espectro de fluorescência molecular sincronizado para água da superfície dos rios São Francisco e Jacaré, coletada no período chuvoso (julho de 2018).Figura 6 -Espectro de fluorescência molecular sincronizado para água da superfície dos rios São Francisco e Jacaré, coletada no período seco (dezembro de 2018).Dessa forma, fica evidente que o avanço da urbanização e consequentemente o mau uso e ocupação do solo nas proximidades desses rios já começam a impactar de maneira negativa a qualidade da MOD presente nesses rios.O pico III (370-420nm) observado nos espectros, com valores elevados de IF, representa a classe de fluoróforos, que pode caracterizar o ácido fúlvico, uma das frações que compõem a substâncias húmicas (derivados de plantas e resíduos de árvores que contém uma maior concentração de compostos fenólicos e ligno-derivados) (JAFFÉ et al,GUSSO, 2008;ARGUELHO et al, 2017).…”