Um dos efeitos abióticos que mais prejudica no crescimento e na produtividade das culturas é a salinidade. A irrigação com água salina, comumente utilizadas em regiões semiáridas, promove a salinização dos solos e ocorre o acúmulo de íons, sendo Na+ e o Cl- os mais frequentes e prejudiciais as plantas. No entanto, a utilização de técnicas convencionais de adubação por meio de fertilizantes, como a adubação molibdica e nitrogenada podem atribuir maior tolerância as culturas submetidas a esses ambientes. Neste sentido, objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação de molibdênio e nitrogênio sobre o crescimento e comportamentos de rendimento do feijão-caupi cv. IPA 207 irrigado com água salina. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial de 5x2, referentes a cinco doses de molibdato de sódio (0, 40, 80, 120 e 160 g ha- ¹) via foliar, e duas doses de ureia (0 e 80 kg ha-¹), aplicada via solo, totalizando 40 unidades experimentais. A lâmina de irrigação foi baseada na Evapotranspiração de Referência (ETo), adotando o nível de 100% da ETo, sendo calculadas pelo Método de Penman-Monteith recomendado pela FAO. Foram avaliadas, Altura de Planta (AP), Diâmetro do caule (DC), Massa seca da Parte Aérea (MSPA), Massa verde da Parte Aérea (MVPA), N° Vagens por planta (NVP), Nº grãos por vagem (NGV) e a atividade da enzima redutase do nitrato. A aplicação do molibdênio juntamente com a adubação nitrogenada influenciou positivamente na atividade da enzima Redutase do nitrato. A maior AP (27,25 cm), DC (11,92 mm) e NF (34) ocorreram na dose 160 g ha-¹ de Mo. A aplicação foliar de molibdênio, bem como sua associação com a adubação nitrogenada, influenciou no acúmulo de matéria fresca e seca da parte aérea e raiz do feijão-caupi em condições de irrigação com água salina, crescidas em ambiente semiárido.