2176-1523 © 2022. dos Santos e de Andrade Lima. Publicado pela ABM. Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado. a
ResumoO depósito de rocha fosfática carbonatitica de Angico dos Dias vem sendo explotado e tratado em uma usina de processamento a seco que inclui classificação e concentração magnética de baixa, média e alta intensidade. A fração não magnética é utilizada na produção de fertilizantes e os finos e as frações magnéticas são descartadas como rejeitos. Estudos prévios indicam relevante presença de elementos terras raras leves e baixas concentrações de tório e urânio no minério. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o minério, o concentrado e os rejeitos magnéticos da usina. Os resultados de análises químicas e mineralógicas indicam que o minério, o produto e os rejeitos são ricos em cálcio, fósforo, ferro, silício, alumínio e magnésio. O teor total de terras raras é superior a 9 g/kg no minério e 6 g/kg nos rejeitos magnéticos. Os principais constituintes do minério são: flúorapatita, hidro-biotita e vermiculita. Análises mais detalhadas mostram que cério, lantânio, neodímio e samário estão presentes na estrutura da apatita e em partículas de monazita. O cério é encontrado também em outro mineral sem associação com outros elementos terras raras. Os resultados também indicam que o processo de produção de fertilizantes, com ataque ácido, promove a lixiviação de parcela significativa de elementos terras raras leves contidos na apatita e cerianita o que pode permitir a sua recuperação sem significativos custos adicionais.