RESUMONos escoamentos multifásicos, gás-líquido, as estruturas turbulentas presentes na fase contínua e como elas interagem com a fase dispersa, são consideradas uma das mais importantes questões a serem avaliadas. Visto que estas estruturas e sua interação alteram as características do escoamento, como também a distribuição da fração volumétrica, podem ocasionar quedas de pressão e ainda influenciar nos mecanismos de transferência de massa, energia e quantidade de movimento. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência da passagem das bolhas no movimento da fase líquida. Para tanto, estudos foram realizados em uma coluna de bolhas em escala laboratorial, a uma vazão volumétrica da fase dispersa de 5 L/min. A técnica experimental empregada foi a velocimetria por imagem de partícula (PIV). A estratégia utilizada para mensurar a velocidade da fase líquida, bem como sua flutuação e consequentemente a energia cinética turbulenta foi que após o escoamento estar estabilizado a injeção de ar na coluna de bolhas foi interrompida, após um curto intervalo de tempo onde todas as bolhas cessaram, a aquisição de dados foi realizada por aproximadamente 10s, para que fosse possível avaliar apenas a influência da passagem das bolhas na dinâmica do escoamento do líquido.
INTRODUÇÃOColunas de bolhas são equipamentos amplamente utilizados na indústria, devido à sua simples construção e operação; ainda por promover altas taxas de transferência de calor e massa. No entanto, sua fluidodinâmica é deveras complexa, a maneira como as fases interagem entre si e a turbulência gerada pela passagem das bolhas ainda é objeto de estudo.As estruturas turbulentas da fase líquida e como elas interagem com a fase gasosa são consideradas uma das mais importantes questões em escoamentos gás -líquido, visto que as interações entre as fases e as estruturas turbulentas afetam as características do escoamento, distribuição da fração volumétrica, queda de pressão e os mecanismos de transferência de massa, energia e quantidade de movimento. A turbulência gerada pelas bolhas ao ascenderem na coluna é denominado de turbulência induzida. Já a turbulência gerada por uma grade é denominada de turbulência verdadeira (SATHE; JOSHI; EVANS, 2013;HOSOKAWA, TOMIYAMA, 2013).Vários experimentos em escoamentos gás-líquido, mostram que a presença da fase dispersa, bolhas, altera consideravelmente a turbulência do líquido. As bolhas induzem flutuações que aumentam a turbulência global, alterando assim os mecanismos de produção, distribuição e dissipação desta (CHAHED; ROIG; MASBERNAT, 2003).Segundo Rzehak e Krepper (2013b) o progresso na modelagem da turbulência em