A biossorção é uma técnica promissora de remediação ambiental que utiliza residuos agroindustriais como biossorvente. A borra de café, um resíduo amplamente disponível e de baixo custo, surge como um potencial biossorvente para a remoção de metais potencialmente tóxicos da água. Assim, este estudo investiga o potencial da borra de café como biossorvente para a remoção de íons metálicos Zn2+ e Ni2+ de soluções aquosas. A borra de café foi coletada, seca, triturada e dividida em duas partes: uma foi utilizada em sua forma natural (BCL) e a outra foi modificada quimicamente com hidróxido de potássio (BCLMKOH) e ácido fosfórico (BCLMH3PO4) para aumentar a disponibilidade de grupos funcionais ativos. A cinética de adsorção foi avaliada em experimentos em batelada, variando parâmetros como pH, tempo de contato e dosagem da biomassa. Os resultados indicaram que o modelo de Langmuir se ajustou bem aos dados experimentais, sugerindo uma adsorção em monocamada. Entretanto, as constantes RL sugeriram que o processo de adsorção não foi altamente favorável. Já o modelo de Freundlich evidenciou a heterogeneidade da superfície da biomassa, indicando a possibilidade de adsorção em múltiplas camadas. Conclui-se que a borra de café apresenta um grande potencial como biossorvente para a remoção de metais potencialmente tóxicos. Além disso, este estudo demonstra a importância da otimização de parâmetros operacionais para maximizar a eficiência do processo de biossorção, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na remediação de águas contaminadas.