“…Esse atravessamento se dá de diversas formas, seja na interlocução da família com o indivíduo preso, através das visitas, entrega de mantimentos, e na atenção ao processo penal do mesmo (Guimarães et al, 2006), ou, ainda, a partir dos impactos vivenciados pela família através da prisão. A esse respeito, a literatura tem evidenciado que as famílias de apenados vivenciam aumento da pobreza e da vulnerabilidade social (Skipper et al, 2020), estigmatização, discriminação e preconceito (Delefrati & Novaes, 2016;Massoglia et al, 2011), pouca rede de apoio social, além de problemáticas de saúde mental (Tadros & Finney, 2018). Assim, pode-se pensar nas intersecções entre o dentro e o fora das prisões (Lago, 2019), visto que estes espaços se coadunam e se coproduzem, reverberando tanto nas vivências dos presos, quanto nas de suas famílias.…”