Este ensaio examina as universidades públicas do Terceiro Mundo no contexto da economia do conhecimento, abordando as dinâmicas de subordinação geopolítica que moldam seu papel na produção de saber. Com base nas teorias de autores como Darcy Ribeiro e Mangabeira Unger, argumenta-se que as universidades periféricas enfrentam um dilema entre a modernização reflexa e a busca por uma autonomia científica que responda às demandas locais. A análise foca na relação entre economia do conhecimento e dependência, destacando como a concentração de tecnologias avançadas nos países centrais, a militarização do conhecimento e a pressão por integração subordinada limitam a capacidade de inovação autônoma das universidades periféricas. Este trabalho propõe uma reflexão sobre estratégias que as universidades desses países podem adotar para construir um modelo de desenvolvimento científico soberano, que respeite as especificidades culturais e econômicas locais.