As abelhas produzem a própolis a partir de materiais balsâmicos coletados das plantas. Trata-se de um produto natural com diversas funções dentro da colmeia. Atualmente, a ciência já comprovou várias ações biológicas desse material, tal como antioxidante. Porém, ainda há desafios no que concerne a padronização de técnicas de coleta, preparo da amostra, análises, controle de qualidade, dentre outros, dificultando o uso da própolis pela indústria. Essa revisão investigou os possíveis fatores de heterogeneidade do potencial antioxidante da própolis, considerando todo o processo de obtenção, desde origem das colmeias até formas de extração da própolis de abelha Apis mellifera. A busca desta revisão foi realizada nas seguintes bases de dados e ferramentas de busca: SciELO, Google Acadêmico, PubMed, MEDLINE, Catálogo de Dissertações e Teses da CAPES, BVS, CRD, Embase, Science Direct, Scopus e Cochrane Library. Foram incluídas publicações em português, inglês e espanhol (2011 a 2021). Foram obtidos 173 trabalhos que comprovaram importante atividade antioxidante do extrato de própolis de A. melífera. Porém, os resultados numéricos de potencial antioxidante diferiram muito entre si. Os principais fatores de heterogeneidade encontrados nas metodologias foram: local e época de coleta (sazonalidade), raça da abelha, tipo de própolis ou sua fonte botânica, e preparo do extrato (solvente, tempo e metodologia de extração).