A contaminação com cobre tem aumentado nos solos submetidos a aplicação de fungicidas e fertilizantes orgânicos, incluindo áreas sob cultivo de milho e sorgo. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e bactérias Azospirillum brasilense evidenciaram-se promissores para promover o crescimento vegetal e poderão ser uma alternativa para o desenvolvimento das plantas em solo contaminado com cobre. Objetivou-se determinar a influência da coinoculação com FMAs e Azospirillum brasilense na promoção do desenvolvimento e nos teores de cobre em plantas de sorgo e milho cultivados em solo contaminado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com arranjo fatorial (6x2), com seis fontes de inóculo (Acaulospora scrobiculata; Rhizoglomus clarum; Azospirillum brasilense; Acaulospora scrobiculata + Azospirillum brasilense; Rhizoglomus clarum + Azospirillum brasilense, testemunha sem inoculação), solo sem e com a adição de 400 mg kg-1 de Cu, com sete repetições. Avaliou-se: altura de planta, diâmetro de colmo, número de perfilhos, volume de raiz, clorofila a e b, área foliar, massa seca de parte aérea, raiz, teor de cobre no grão, parte aérea e raiz, colonização micorrízica e o número mais provável de A. brasilense nas raízes. De acordo com os resultados, as fontes de inóculos exibiram diferentes interações significativas nas avaliações, dependendo da cultura e da dose de Cu aplicada no solo. A inoculação com A. scrobiculata em solos contaminados com Cu favoreceu o crescimento de raiz, massa seca e colonização micorrízica no sorgo. Já o uso de R. clarum possibilitou melhor desenvolvimento na parte aérea do milho. Com relação a inoculação isolada e as coinoculações entre A. brasilense e FMAs verificou-se que estas reduziram o teor de Cu na parte aérea de plantas de sorgo para valores abaixo da legislação brasileira, representando assim uma possibilidade de ser cultivada em solo com excesso de cobre.