As pesquisas com feromônios de insetos tem uma longa e rica história, construída, primariamente, pelos estudos conduzidos no hemisfério Norte. Não é surpresa que estes estudos tenham apontado, em grande parte, para espécies relevantes dessas regiões do mundo, na maioria pragas agrícolas e florestais. As investigações com feromônios nos países da América do Sul vieram somente algumas décadas atrás, apesar da sua forte dependência agrícola e, conseqüentemente, no manejo de pragas. Nos últimos 20 anos, fatores econômicos, ambientais e técnicos têm caminhado juntos para gerar um pequeno, mas crescente, número de ecologistas químicos trabalhando na química e biologia dos feromônios na América do Sul. Neste artigo, foram compilados os resultados desta tendência. Foram revisados os estudos feitos com feromônios nos quais os cientistas da América do Sul têm participado em parceria com cientistas estrangeiros, majoritariamente grupos de química, como também os estudos realizados dentro da região. O principal objetivo são as pesquisas que envolvem a caracterização dos feromônios de espécies nativas, as quais compreendem as ordens mais importantes como Lepidoptera, Coleoptera, Heteroptera e Himenoptera. É também apresentada uma meta-análise, incluindo a distribuição geográfica, a tendência dos trabalhos de colaboração ou independente, e a evolução nos últimos 20 anos dos artigos publicados na área. Finalmente, é enfatizada a importância do esforço coordenado para promover o avanço deste campo na América Latina, através do respaldo e colaboração internacional dentro da região. Esta meta deverá ser alcançada através de uma organização acadêmica regional, incumbida da realização contínua de encontros científicos.Insect pheromone research has a long and rich history built up primarily by studies conducted in the Northern hemisphere. Not surprisingly, these studies have largely targeted species relevant to these regions of the world, for the most part agricultural and forest pests. Pheromone research in South American countries came a few decades behind, albeit their strong dependence in agriculture and therefore in pest management. In the last 20 years, a combination of economic, environmental and technical factors have come together to generate a small but rising number of chemical ecologists working in pheromone chemistry and biology in South America. In this article we summarize the results of this trend. We review pheromone studies in which South American scientists have participated in collaboration with foreign scientists, mostly chemistry groups, as well as the ever-growing number of studies carried out completely within the region. We have focused mainly in research involving the characterization of pheromones from native species, which involve the most important insect orders, namely Lepidoptera, Coleoptera, Heteroptera and Hymenoptera. We also present a simple meta-analysis including geographical distribution, trends in collaborative or independent work, and a 20-year evolution of published articles in the field. Fin...