Atualmente são pouco conhecidos os potenciais usos de óleos essenciais em contextos de áreas que passaram por processos de remediação ambiental. Neste trabalho objetivou-se realizar uma revisão sistemática sobre os potenciais usos dos óleos essenciais com aplicação em situações de remediação ambiental. A busca sistemática foi realizada em três bases de dados (Web of Science, PubMed e Scielo) com uso de descritores e operadores booleanos (“AND”, “OR”, “NOT”). Todos os resultados selecionados foram exportados a partir das bases de dados para análises posteriores no software livre VOSviewer, construindo-se as redes bibliométricas, mapeamento bibliométrico e representação gráfica dos mapas. O mapa geral de visualização de redes de co-ocorrência de termos indicou de 7 a 19 clusters com palavras-chave. Os óleos essenciais de Eucalipto, Limão Siciliano, Capim-Limão, Melaleuca, Cravo-da-Índia e Lavanda destacam-se como os mais utilizados nas pesquisas analisadas. As abordagens mais voltadas à remediação ambiental foram baseadas na análise de plantas aromáticas para remediar ambientes impactados por metais, destacando-se também a utilização dos óleos essenciais em estudos com inseticida/ controle de pragas (24%), antimicrobiano contra patógenos ambientais (20%), biorremediação de fungos (20%) e fitorremediação de modo geral (17%). As plantas aromáticas (das famílias Poaceae, Lamiaceae, Asteraceae e Geraniaceae) foram utilizadas nas pesquisas sobre remediação de locais contaminados porque agem como potenciais fitoestabilizadores, hiperacumuladores, bio-monitores e metalófitos facultativos. Esses dados indicam o potencial dos óleos essenciais (e das plantas aromáticas) em processos de remediação ambiental, sendo indicado seu uso em situações onde existem áreas que precisam ser remediadas e exigem intervenção imediata.