“…As diversas tipologias de maus-tratos (e.g., Higgins, 2004;McGee & Wolfe, 1991;Wolfe & McGee, 1994) consideram como vítimas tanto os indivíduos a que o abuso é dirigido (por exemplo, a esposa que sofre algum destes tipos de abuso), como crianças e adolescentes que testemunham a situações de abuso (por exemplo, filhos assistirem a violência entre os progenitores; Edwards, Holden, Felitti, & Anda, 2003;Higgins, 2004;Higgins & McCabe, 2000). Assistir a violência de um progenitor ao outro e ser alvo de violência dirigida a si, são fenómenos que aparecem frequentemente associados (Coohey, 2004; T. I. Herrenkohl, Sousa, Tajima, R. C. Herrenkohl, & Moylan, 2008;Kitzmann, Gaylord, Holt, & Kenny, 2003). Assim, grande parte dos estudos com filhos de vítimas de violência doméstica contra mulheres considera a co-ocorrência dos dois tipos de abuso (ser vítima directa de violência e testemunhar violência entre os progenitores, Lepisto, Luukkaala, & Paavilainen, 2011), com o objectivo de garantir maior validade ecológica.…”